Steven van de Velde, condenado por estupro de uma menina de 12 anos na Grã-Bretanha em 2016, é a figura central deste embate. O crime ocorreu em 2014, quando Van de Velde tinha 19 anos. Após cumprir parte de sua sentença, ele retornou à Holanda e voltou a competir no vôlei de praia em 2017.
A presença de Van de Velde nos Jogos Olímpicos gerou uma onda de indignação, levando o Comitê Olímpico da Holanda a tomar medidas excepcionais: ele foi excluído da Vila Olímpica e alocado em uma residência alternativa, com a restrição adicional de não poder interagir com a imprensa.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) enfrentou críticas intensas pela decisão de permitir a participação de Van de Velde, com acusações de que essa atitude poderia enviar uma mensagem errônea sobre os direitos das vítimas de abuso sexual. De acordo com o jornal britânico The Guardian, há preocupações de que essa situação cause “danos colaterais” às vítimas e perpetue um padrão prejudicial.
O Caso Van de Velde
Em 2014, Steven van de Velde viajou de Amsterdã para Milton Keynes, no Reino Unido, para encontrar uma estudante de 12 anos que havia conhecido pela internet. Apesar de saber que a menina era virgem e menor de idade, Van de Velde a forçou a ter relações sexuais. O crime foi descoberto quando a vítima, em busca de uma pílula do dia seguinte, procurou assistência médica.
Em 2016, Van de Velde foi condenado a quatro anos de prisão. A juíza Francis Sheridan descreveu o impacto devastador de seus atos sobre a vítima, afirmando:
"Uma criança jovem e ingênua formou a visão de que você a amava. Na realidade, você só a conhecia pela internet, nunca a tinha encontrado antes e tinha plena consciência da diferença de idade. O dano emocional causado a essa criança é imenso. À medida que ela amadurece, ela terá que lidar com a dura realidade de que você não era o homem legal que ela pensava que era e esperava que você fosse."
Estuprador condenado vai competir nos Jogos de Paris.
— Metrópoles (@Metropoles) July 29, 2024
Um estuprador condenado competirá nos Jogos Olímpicos de Paris, e há pouco que o Comitê Olímpico Internacional possa ou queira fazer a respeito.
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