Expulsão do Embaixador Brasileiro pela Nicarágua Revela Tensão Diplomática
O governo nicaraguense alegou que o Brasil demonstrou desrespeito ao não enviar representantes para o aniversário da Revolução Sandinista, comemorado em 19 de julho. Este ato, combinado com o "congelamento" das relações diplomáticas, exacerbou as fricções entre as nações.
Embora o governo brasileiro ainda não tenha confirmado oficialmente a expulsão, uma fonte do Itamaraty indicou que as relações com a Nicarágua haviam se deteriorado nas últimas semanas. A embaixada brasileira recebeu uma queixa formal do governo nicaraguense e uma ameaça de expulsão, dando um prazo de 15 dias para que o embaixador deixasse o país.
Este episódio revela um esfriamento notável na relação entre o presidente Lula e Ortega, o que marca um ponto crítico nas relações diplomáticas entre Brasil e Nicarágua.
A expulsão de um embaixador é um gesto severo e significativo nas relações internacionais, refletindo uma grave crise diplomática. Daniel Ortega, ex-guerrilheiro que governou a Nicarágua pela primeira vez entre 1979 e 1990 e está no poder novamente desde 2007, é amplamente criticado por práticas autoritárias, incluindo nepotismo e repressão a opositores e grupos religiosos.