O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), recentemente demonstrou descontentamento com uma reportagem publicada no site UOL. Em uma reação pública, Moraes acusou as jornalistas responsáveis pelo artigo de "inventar fatos e versões" sob o pretexto do sigilo da fonte.
Apesar das acusações, o UOL defendeu a veracidade do conteúdo da reportagem, destacando que a apuração foi feita com base em informações fornecidas por ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No centro dessa controvérsia está o respeitado desembargador aposentado, Wálter Maierovitch. Utilizando o material investigativo das jornalistas, Maierovitch escreveu um artigo de opinião. Em resposta, Moraes não hesitou em criticar duramente o magistrado aposentado, acusando-o de elaborar uma coluna com base em informações falsas. Essa reação de Moraes foi vista por muitos como uma atitude intimidatória, chegando ao limite de uma ameaça.
Carlos Andreazza, em sua coluna no Estadão, descreveu a situação com precisão: Alexandre de Moraes está atuando como um "corregedor-universal do jornalismo". Essa crítica ecoa preocupações sobre o papel excessivo do ministro na fiscalização da imprensa e na intimidação de vozes respeitadas do judiciário.
Essa situação não surgiu sem precedentes. A conduta de Moraes tem sido um ponto de discussão e alerta entre os defensores da liberdade de imprensa e do direito à expressão independente. A recente interação com Maierovitch apenas reforça as preocupações sobre os limites da autoridade e a proteção da liberdade jornalística no Brasil.
Moraes Adota Atitude Intimidatória Contra Desembargador Aposentado
