Rui Costa, outrora governador da Bahia e agora ministro-chefe da Casa Civil do governo petista, encontra-se em uma posição delicada e desafiadora em seu cargo.
Sua influência e prestígio estão em declínio, e ele parece ter se tornado pouco mais do que um mensageiro para o presidente da Câmara, Arthur Lira.
A revelação desse estado de coisas foi feita pelo jornalista Igor Gadelha, que destaca a atual condição de Rui Costa como um mero intermediário nas disputas políticas em Brasília.
De acordo com as informações de Gadelha, Arthur Lira enviou mensagens ao presidente Lula através de Rui Costa, após um conflito público com o ministro Alexandre Padilha, encarregado da articulação política do governo.
Essas mensagens foram entregues pessoalmente pelo ministro da Casa Civil durante uma viagem de Brasília a Salvador, na qual ambos viajaram em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
Em uma dessas mensagens, Lira deixou claro que não pretende responder diretamente a Lula, apesar do atrito com Padilha. Ele optou por manter um perfil mais reservado para evitar uma escalada da crise com o governo.
Além disso, Lira assegurou a Lula que continuará trabalhando para aprovar projetos econômicos considerados cruciais para o país, como a regulamentação da reforma tributária. No entanto, ele indicou que, em outras votações, a articulação política do governo terá que se virar sozinha para garantir os votos necessários.
Esses recados foram repassados por Rui Costa ao presidente Lula, seguindo uma orientação do Palácio do Planalto para evitar um agravamento da crise com o presidente da Câmara.
Em suma, Rui Costa parece ter se tornado um intermediário em disputas políticas mais amplas, enquanto sua própria influência e posição no governo continuam a declinar.