No último sábado (3), Caracas foi palco de uma maciça manifestação contra a recente proclamação da vitória de Nicolás Maduro. Milhares de venezuelanos saíram às ruas em um ato de descontentamento, exigindo maior transparência no processo eleitoral que confirmou a reeleição do atual presidente.
Antes do início dos protestos, a Organização dos Estados Americanos (OEA) emitiu um apelo para que as demonstrações fossem conduzidas de forma pacífica, evidenciando a preocupação com a estabilidade da região.
O Supremo Tribunal da Venezuela aguarda a entrega das atas de votação pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão sob controle de Maduro. Esta demanda surgiu em resposta ao pedido do presidente, que moveu um processo para que a veracidade dos resultados eleitorais fosse oficialmente confirmada. A oposição acusa Maduro de utilizar esta manobra como uma tentativa de legitimar o que consideram ser uma fraude eleitoral.
Maduro, em suas declarações nas redes sociais, reafirmou a autoridade do Supremo Tribunal de Justiça, afirmando possuir as atas completas e contestando as alegações da oposição sobre documentos falsificados.
De acordo com os líderes opositores, a vitória foi expressiva, com 61% dos votos. Esse resultado tem o apoio de pelo menos seis países das Américas, incluindo Peru, Estados Unidos, Panamá, Uruguai, Costa Rica e Equador, que reconheceram a vitória da oposição.
Em contraste, Brasil, Colômbia e México, aliados do regime de Maduro, buscam negociar um possível acordo, demonstrando uma divisão significativa nas reações internacionais ao conturbado cenário político da Venezuela.
Protestos em Caracas: Corina leva Multidão às Ruas em Reação à Vitória de Maduro
