União Europeia Rejeita Resultado das Eleições na Venezuela e Agrava Crise para Maduro
A decisão da União Europeia intensifica a pressão sobre o regime de Maduro, que já enfrenta crescente escrutínio internacional. A situação foi agravada por uma análise da agência de notícias Associated Press (AP), que examinou as atas eleitorais divulgadas pela oposição venezuelana. Segundo a AP, que processou quase 24 mil imagens de folhas de contagem representando 79% das máquinas de votação, o candidato oposicionista Edmundo González teria recebido 6,89 milhões de votos, superando o número declarado para Maduro.
Os dados da AP contrastam fortemente com os resultados oficiais apresentados pelo CNE na sexta-feira, 2 de agosto. Baseando-se em 96,87% das folhas de contagem, o CNE alegou que Maduro obteve 6,4 milhões de votos, enquanto González teria recebido 5,3 milhões. Essa discrepância levanta sérias suspeitas de fraude eleitoral.
Com a União Europeia rejeitando os resultados e a oposição reforçando as alegações de irregularidades, a crise política na Venezuela se intensifica, colocando ainda mais em xeque a legitimidade do governo de Nicolás Maduro.