Lula e aliados pressionam Congresso para manter veto às "saidinhas" temporárias
Esta movimentação contou com a participação dos ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Silvio Almeida (Direitos Humanos), bem como dos líderes do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) e na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
Lewandowski, que orientou Lula na decisão do veto, tem se destacado como um dos principais articuladores, realizando apelos diretos a bancadas e líderes congressistas. Uma das abordagens foi direcionada à bancada evangélica, porém, sem sucesso imediato, como relatado por Eli Borges (PL-TO), presidente do grupo.
O ponto crucial desta estratégia é o adiamento da votação, visto que membros do governo e integrantes do Centrão especulam a possibilidade de derrubar o veto presidencial. Pesquisas de opinião recentes revelam que a maioria dos brasileiros é contrária às "saidinhas".
Na tentativa de garantir o adiamento, Guimarães reforçou o pedido em reunião com líderes da Câmara, ressaltando a importância da pauta para o presidente da República. Enquanto isso, Randolfe também fez um apelo semelhante à oposição, porém, sem sucesso imediato.
Os petistas confiam na divisão presente entre as bancadas e acreditam que podem prevalecer pelo cansaço. A votação do veto às "saidinhas" está agendada como o 32º item da pauta do Congresso Nacional para quinta-feira (10), dia em que os deputados geralmente deixam Brasília mais cedo para atender demandas em suas bases eleitorais.
Embora a lei aprovada pelo Congresso Nacional permita as "saidinhas" apenas para condenados matriculados em cursos profissionalizantes ou em programas de ensino médio e superior, Lula vetou dois trechos da matéria, o que restringe o benefício à visita familiar e à participação em atividades de reintegração social.