Prisão sem Provas: Ex-chefe da PRF completa 8 meses na prisão por ordem de Moraes
A prisão de Vasques, de acordo com a Polícia Federal (PF), é justificada pela necessidade de permitir a "produção de elementos probatórios de forma clara, precisa e eficaz, sem qualquer interferência do mesmo em sua produção, sendo mais que conveniente, de suma importância para a instrução criminal".
Em concordância com a argumentação da PF, Moraes destacou a gravidade das condutas atribuídas a Vasques, respaldando assim sua permanência na prisão.
A investigação sobre Vasques centra-se na suspeita de que ele tenha utilizado recursos da PRF para realizar operações durante o segundo turno das eleições, especialmente em Estados do Nordeste, onde o ex-presidente Lula obteve uma votação expressiva em comparação com Bolsonaro.
A defesa de Vasques recentemente apresentou uma petição solicitando sua libertação, argumentando que a detenção prolongada é ilegal. Os advogados também contestaram a justificativa de que a permanência na prisão é necessária para evitar influências sobre as testemunhas.
A investigação da PF está em fase final, com negociações em curso para pelo menos duas delações premiadas no inquérito, incluindo a colaboração de policiais federais que trabalhavam com o ex-ministro Anderson Torres.
Um dos elementos sob análise é um mapeamento das cidades onde Lula obteve mais de 75% dos votos no primeiro turno, encontrado no celular de Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça. Os investigadores acreditam haver conexão entre essa planilha e as operações realizadas pela PRF durante o pleito.