Decisões Sigilosas de Moraes para Censura em Redes Sociais Geram Controvérsias
Em uma reportagem recente, a Folha de S.Paulo destacou que as decisões de Moraes para barrar conteúdos em perfis online têm sido realizadas sem a devida transparência e fundamentação pública. O jornal também foi diretamente afetado por uma decisão do ministro que resultou na remoção de uma entrevista com a ex-mulher do deputado Arthur Lira (PP-AL), posteriormente revertida após críticas generalizadas.
Um relatório do Congresso dos Estados Unidos expôs casos em que perfis foram suspensos sem o envolvimento prévio da PGR ou da PF, levantando preocupações sobre o alcance e a justificativa dessas medidas. A opacidade dessas decisões contrasta com as práticas mais detalhadas observadas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Juristas e advogados especializados em tecnologia têm questionado a falta de fundamentação explícita nas ordens de Moraes, apontando que tais práticas são únicas no STF e carecem de uma análise jurídica mais aprofundada. Em 2022, foram registradas pelo menos 77 decisões de suspensão de perfis, com um aumento para 136 contas em 2023, destacando um padrão de intervenções que continuam a suscitar debate.
As críticas recentes feitas pelo empresário Elon Musk, do Twitter/X, aumentaram a pressão sobre Moraes, com ameaças de divulgar informações sobre as exigências feitas a ele. O debate sobre a atuação do ministro ganha novo fôlego em meio às preocupações com a liberdade de expressão e o devido processo legal no ambiente digital brasileiro.