Indiciamento da PF: Zé Trovão, Sérgio Reis e Oswaldo Eustáquio na Mira por Atos de Setembro
Os indiciamentos abrangem acusações de incitação ao crime, associação criminosa e tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes. Oswaldo Eustáquio foi indiciado pelos dois primeiros delitos.
Antônio Galvan, ex-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), também está entre os indiciados. Zé Trovão teve prisão preventiva decretada em setembro de 2021, permanecendo foragido até sua entrega à polícia em outubro do mesmo ano, em Joinville, Santa Catarina, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Sérgio Reis prestou depoimento à PF à época dos acontecimentos, afirmando ter se reunido com comandantes das Forças Armadas em agosto de 2021, no Palácio do Planalto, a convite do ex-presidente Jair Bolsonaro. O cantor negou que a reunião tenha tratado das manifestações programadas para o 7 de Setembro, que visavam demonstrar apoio popular ao então presidente.
Questionado pelo UOL nesta quinta-feira (4), Sérgio Reis declarou que ainda não recebeu notificação oficial e, portanto, não faria comentários sobre o assunto.
Por sua vez, Oswaldo Eustáquio alegou perseguição política em resposta ao indiciamento:
"Isso se acentua porque, se de fato deveríamos ter realizado um golpe de Estado, o teríamos feito em 2021. Havia um número muito maior [de pessoas] do que no 8 de janeiro. Mas nosso objetivo nunca foi esse, e o 7 de Setembro de 2021 é uma prova de que nunca consideramos qualquer tipo de ruptura institucional. No entanto, isso também deixa claro que nunca consideramos um golpe, mas em 2021 e hoje consideramos um impeachment do ministro Alexandre de Moraes. A base do meu indiciamento é a entrevista que fiz com Zé Trovão, então estou sendo indiciado pelo exercício do jornalismo", afirmou ao UOL.