Repórter da Bandeirantes é hostilizada por militantes ao questionar Paulo Pimenta
Em uma nota oficial, a Band do Rio Grande do Sul classificou a reação dos militantes como inesperada e defendeu a pergunta da repórter como “legítima” e de “interesse a toda a população”. A emissora expressou solidariedade à jornalista e repudiou veementemente o comportamento dos militantes políticos, ressaltando a importância da “liberdade de imprensa” em regimes democráticos.
Maria Eduarda havia questionado o ministro sobre a entrega do auxílio-reconstrução para o Rio Grande do Sul, estado que enfrentou severas enchentes em 478 cidades nos meses de abril e maio. A hostilização dos militantes começou imediatamente após a pergunta da repórter.
A Band reiterou em sua nota que “a liberdade de imprensa é fundamental para o Estado Democrático de Direito” e que “tentativas de intimidar jornalistas por meio de agressões verbais constituem um ataque aos princípios fundamentais de uma sociedade livre”. A emissora criticou os militantes que, embora afirmem defender a democracia, acabam por agir de maneira contrária.
Reações ao governo federal:
As críticas ao governo federal, representado por Paulo Pimenta, intensificaram-se após uma reunião em Brasília entre prefeitos e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB-RS), afirmou que as demandas da capital gaúcha ainda não foram atendidas pela administração de Lula. “Tudo que pedi até agora foi solenemente ignorado”, declarou Melo.
Histórico de intimidação:
Este não é o primeiro incidente de hostilização contra jornalistas que questionam o ministro Paulo Pimenta. Em 16 de maio, a repórter da revista Oeste, Sarah Peres, também enfrentou intimidações após reportar a visita de Pimenta e seus assessores a uma churrascaria em Porto Alegre. O ministro e sua equipe enviaram críticas à jornalista, acusando-a de disseminar informações falsas e desonestas.
Embora Pimenta e Guto Guterres, responsável pela Secretaria de Comunicação Social (Secom), tenham negado que a reunião na churrascaria tenha sido um evento informal, eles justificaram que se tratou de um “encontro institucional” para discutir a recuperação econômica do Estado.